Curiosidades sobre o Antigo Egito
O Egito é envolto em uma aura de mistério e intriga, cultivado por várias descobertas arqueológicas que foram iluminando seu passado interessante.
Infelizmente, tal sentimento que permeia o Egito Antigo também produziu inúmeros mitos. A lista a seguir explora alguns equívocos comuns sobre o Egito, e desvenda novas áreas sobre sua cultura avançada.
Cleópatra VII, a última rainha do Antigo Egito, sempre foi uma figura cultural famosa por sua beleza sedutora. Esta ideia foi perpetuada por todos, de escritores a cineastas.
No entanto, moedas romanas mostram Cleópatra como tendo características masculinas: nariz grande, queixo protuberante e lábios finos – nada parecido com o arquétipo de beleza de qualquer cultura. Por outro lado, ela não era carente de cérebro: especialistas afirmam que Cleópatra era carismática e inteligente, ao contrário de possuidora de uma beleza física.
2. Eles era obssecados com a morte
Quando pensamos nos antigos egípcios com suas pirâmides, múmias e deuses, é fácil chegar à conclusão de que eles estavam preocupados demais com a morte. Na verdade, nada poderia estar mais longe da verdade.
O grande trabalho que os egípcios tinham em enterrar seus semelhantes era na verdade um modo de glorificar a vida. Por exemplo, muitas das ilustrações que adornam o interior dos túmulos são celebrações da agricultura, caça e pesca. Além disso, os ornamentos caros enterrados com os egípcios servem para ajudá-los a alcançar a vida eterna, onde supostamente continuam seu trabalho atual, sem qualquer dificuldade. Mumificar era uma maneira de manter o cadáver “real”, pronto para essa forma idealizada da vida cotidiana. Claramente, os egípcios eram obcecados com a vida, não com a morte.
3. Alienígenas
Algumas pessoas acreditam que os egípcios estavam em contato com alienígenas. Elas alegam que as pirâmides construídas são feitos “sobre-humanos”, e que alguns murais egípcios realmente retratam extraterrestres (o que a pintura acima demonstra claramente que é apenas um vaso).
Isto é simplesmente um insulto para o legado dos antigos egípcios. Embora a Grande Pirâmide de Gizé seja matematicamente impressionante, a sua construção não está além das mentes engenhosas dos astrônomos, estudiosos e arquitetos da época. E enquanto ela manteve-se como a estrutura mais alta do mundo por quase 4.000 anos, isso não significa que os egípcios eram amigos de aliens, mas sim que nenhuma cultura rivalizou com os egípcios na construção de monumentos até o século 19.
4. Bem estudados
Muitos acreditam que nós já descobrimos tudo o que podíamos sobre o Egito Antigo, e que a Egiptologia é um assunto morto e enterrado. Isto está simplesmente incorreto.
Descobertas fascinantes ainda estão sendo feitas diariamente sobre o Egito Antigo, lançando nova luz sobre sua civilização.
Descobertas fascinantes ainda estão sendo feitas diariamente sobre o Egito Antigo, lançando nova luz sobre sua civilização.
Por exemplo, um “barco solar” foi extraído atualmente da Grande Pirâmide. Presume-se que este barco permitiria que os faraós mortos ajudassem o deus-sol Ra em sua batalha eterna com Apep, demônio da escuridão. Todas as noites, Ra veleja seu barco solar em combate com Apep, e ao amanhecer emerge triunfante cruzando o céu.
5. Hieróglifos
As pessoas supõe que os antigos egípcios inventaram hieróglifos, no entanto, os hieróglifos primitivos foram provavelmente trazidos para o Egito por invasores da Ásia Ocidental.
Outro mito, alimentado pelas imagens de cobras e pernas sem corpo, é que os hieróglifos eram uma linguagem de maldições e encantamentos mágicos. Na realidade, na maior parte do tempo, os hieróglifos eram usados para inscrições ou representações históricas. Maldições são raramente encontradas em túmulos, e a maioria é impotente: “Seus anos devem ser diminuídos”, “Ele não deve ter nenhum herdeiro”. Curiosamente, até a Pedra de Roseta ser descoberta em 1798, e posteriormente traduzida, a maioria dos estudiosos acreditava que os hieróglifos eram apenas ilustrações, não sons fonéticos que compõem um alfabeto.
6. Decoração das pirâmides
Hieróglifos cobriam o interior de muitos túmulos egípcios antigos e palácios. Mas, ao contrário do mito, as pirâmides são relativamente não decoradas.
De fato, até recentemente, especialistas acreditavam que as pirâmides de Gizé eram absolutamente nuas por dentro. Esta suposição se provou errada quando hieróglifos foram encontrados atrás de uma porta secreta na Grande Pirâmide, há alguns meses.
Além disso, as pirâmides não eram todas coloridas com pedra calcária 4.000 anos atrás: alguns setores, tais como pilares interiores, foram pintados de vermelho ou branco. A pintura básica e a escrita oculta ainda deixam as pirâmides extremamente austeras. É sua arquitetura que cimenta as pirâmides como os edifícios de pedra mais antigos e populares do mundo.
7. Os farós matavam seus servos
Quando os faraós morriam, seus servidores não eram mortos e enterrados com eles, como popularmente se acredita. Mas isso aconteceu algumas vezes.
Dois faraós da Primeira Dinastia do Egito são conhecidos por terem feito seus servos serem enterrados com eles. A tendência humana de generalizar levou ao mito de que esta era uma ocorrência comum entre todos os outros mais ou menos 300 faraós. Mais tarde, os faraós provavelmente perceberam que seus servos eram mais úteis vivos do que mortos, e assim eram enterrados com ‘shabtis’, figuras que poderiam ser animadas para ajudá-los no além.
8. Os escravos que construuíram as pirâmides
A ideia de que os escravos construíram as pirâmides do Egito tem circulado desde que o historiador grego Heródoto a relatou no século 5 a.C. Porém, pode estar errada. Túmulos contendo os restos mortais dos construtores das pirâmides foram encontrados ao lado das pirâmides de Gizé.
Ser enterrado ao lado dos faraós divinos seria a maior honra, nunca concedida a escravos. Além disso, um grande número de ossos de gado escavados em Giza mostra que a carne bovina, uma iguaria no Egito Antigo, era um alimento básico dos construtores. Assim, os construtores das pirâmides deviam ser artesãos egípcios altamente qualificados, e não escravos.
9. Escravidão de Israelitas
Este vem no seguimento do último mito, e é obviamente uma questão delicada. Infelizmente para aqueles que seguem a Bíblia como um relato literal da história, não há evidências que sugerem que os israelitas foram escravizados no Egito Antigo.
Sabemos muito sobre os antigos egípcios por seus registros, mas eles nunca mencionaram manter uma raça de escravos, nunca mencionaram as Dez Pragas, e não há nenhuma informação arqueológica que mostra que milhões de hebreus habitavam o Egito ou o deserto. Além disso, a fuga de milhões de escravos teria destruído a economia egípcia, que prosperou durante todo o segundo milênio a.C., quando o êxodo supostamente aconteceu.
10. Maldições dos faraós
A “maldição” que matou aqueles que abriram o túmulo do faraó Tutancâmon foi um triunfo dos meios de comunicação e da susceptibilidade pública. O mito é que uma maldição lançada por Tutancâmon matou o patrocinador Lord Carnarvon e os outros membros da expedição.
Embora alguns tenham feito teorias de fungos perigosos e gases se acumulando no interior da tumba, as mortes não precisam de uma explicação especial. Apenas 8 dos 58 presentes na descoberta da tumba morreram dentro de 12 anos. O líder da expedição, o alvo mais óbvio para uma maldição, viveu por 16 anos. As outras coincidências são um caso de desvio para a confirmação: qualquer infortúnio que se abateu sobre alguém na expedição foi atribuída a uma maldição. Isso é um excelente exemplo do impulso das pessoas em acreditar em uma história emocionante, em vez de em fatos.
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