Cantor evangélico brasileiro está no famoso “Livro dos Recordes” (Guinness Book), como cantor que está há mais tempo em ATIVIDADE no mundo.
Feliciano Amaral, cantor há mais tempo em atividade no mundo
A Bíblia contém alguns exemplos de homens que foram favorecidos pela longevidade. Matusalém é o clássico exemplo, pois, conforme registro do livro de Gênesis, mais um pouco chegava aos 1.000 anos.
Há também o caso interessantíssimo do Rei Ezequias que, guardadas as devidas proporções em relação a Matusalém, sabendo da finalização de seus dias na Terra, rogou ao Deus da Vida que prorrogasse sua estadia terrena, ganhando do Senhor um bônus, uma sobrevida de mais 15 anos de existência.Essa quase “perpetuação” da vida humana no planeta desgastou-se perante os olhos de Deus. A razão disto está no fato de o próprio homem, obra-prima do Divino, deixar, facilmente, perceptível sua inclinação em desviar-se de seu Criador, ficando a permanência da criatura mais com status de “passagem pela Terra” do que qualquer outra coisa.
Há, ainda, no Livro dos Livros, a ratificação inconteste desse tema nas palavras do profeta Moisés, quando ele conclui, no Salmo 90:10, que “os dias da nossa vida sobem a 70 anos ou, em havendo vigor, a 80…”
Lancei mão de todo esse intróito para comentar sobre o cantor que está há mais tempo em atividade no mundo, fato constatado e registrado pelo “Guinness Book” (o famoso “Livro dos Recordes”). Falo de Feliciano Amaral, cantor e pastor, nascido na cidade de Miradouro, Minas Gerais, em 20 de outubro nos idos de 1920. Isto mesmo! Feliciano Amaral acaba de completar 86 anos de vida (e que vida)!
Já mencionamos em outro artigo neste site que foi Feliciano Amaral, na década de 1940, o primeiro cantor evangélico (não se falava “gospel” naquela época) a adentrar em um estúdio de gravação para colocar sua voz num acetato de vinil de 78 rotações, com a música Sou forasteiro aqui. A estréia fonográfica de FA na música cristã se deu pela extinta gravadora Atlas.
Naquela ocasião, seus contemporâneos atuavam na música popular; cite-se, por exemplo, Orlando Silva (o Cantor das Multidões) e Francisco Alves (o Rei da Voz), já falecidos há bastante tempo. Na música evangélica, depois de Feliciano Amaral, vieram Luiz de Carvalho (gravando o 1° disco oito anos após FA, com a música A graça de Jesus), Josué Barbosa Lira (in memorian, autor da canção Só o Senhor é Deus), Edgar Martins e outros.
O longevo Feliciano Amaral continua em franca atividade, cantando pelas igrejas do Brasil, revezando-se, principalmente, entre Rio de Janeiro e Manaus. Seu CD mais recente intitula-se Quisera sempre orar, lançado na Igreja Congregacional de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, aproveitando a festividade comemorativa do centenário daquela igreja.
Os misteriosos desígnios de Deus atuam sobre a vida de Feliciano Amaral, tanto é que ele foge à regra conclusiva de Moisés no Salmo 90, supracitado. Feliciano Amaral extrapolou os preditos 80 anos e aí vem a mão misteriosa do Criador dos seres e das coisas: a canseira e enfado mencionados pelo profeta não se evidenciaram em sua vida. Sua companheira, Rubenita, fala como um tenor ao dar uma nota dó, de peito, fazendo uma comparação ainda com o salmista, remetendo-se ao trecho das escrituras quando diz que os olhos de Moisés nunca se escureceram.
Querido internauta e leitor, você precisa ouvir a voz do amado Feliciano Amaral, hoje. Continua limpa e vibrante, desafiando a qualquer incrédulo sobre sua condição etária de octogenário cantor. Na semana de seu aniversário, tive a felicidade de ouvir sua entrevista no programa “Desperta Rio”, apresentado por Otoni de Paula, na Rádio Continental AM, aqui do Rio, e incontinenti incorporar-me ao seleto grupo de testemunhas de sua vitalidade.
Quem conhece o trabalho de Feliciano recorda com prazer de canções como Oração de Davi, O mar, Ao meu redor e O eterno fanal - esta última de Ivan de Souza, com edição pela EFRATA MUSIC – e tantas outras que em muito edificaram a vida de um sem-número de pessoas (não se pode calcular).
Duas curiosidades: Feliciano Amaral não utilizava a bateria em seus discos até chegar os anos 80, quando admitiu o instrumento no long-play Sou feliz, e no casamento do cantor e pastor Vitorino Silva ele foi o intérprete convidado para cantar na cerimônia.
Sem querer desmerecer o ministério dos cantores atuais, Feliciano Amaral jamais se afastou de sua condição de levita, entregando sua voz ao louvor, em primeiro plano, e isto ele faz questão de salientar.
Felicidades, Feliciano!
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