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terça-feira, 5 de julho de 2011

E QUANDO, ONDE NASCEU O DEUS MENINO?
CRISTO NASCEU? QUANDO? ONDE?




Se perguntássemos quando e onde o Deus menino nasceu, a grande maioria dos cristãos responderia prontamente que ele nasceu há cerca de dois mil anos, em Belém.
Mas, em verdade, que importa o tempo, se existem inúmeras almas em cujo seio o senhor ainda não reina?
Muitos corações ainda são semelhantes às hospedarias de Belém, cujas portas estão fechadas, sob alegação de estar lotadas.
O Mestre da humanidade somente teve como berço uma estrebaria pobre, junto aos animais, e a companhia afetuosa dos pais humildes.
Ainda hoje, quando o Mestre bate às portas de nossos corações, encontra muitos deles lotados pelos interesses pessoais, pelo egoísmo, pelo orgulho, e pelo desejo de conquistas materiais, não sobrando espaço para ele.
Se perguntarmos com sinceridade, se o Cristo nasceu em nós, talvez percebêssemos que não temos permitido esse nascimento.
Aquele que ainda não sentiu em seu íntimo a influência do Cristo, ignora, em verdade, que ele nasceu.
No dia, que dizemos especial para a humanidade, vale a pena que façamos algumas perguntas a nós mesmos e as respondamos intimamente.
Cristo nasceu? Quando? Onde?
Que influência está exercendo em nós o nascimento do dele?
Que relação existe entre o natal de Jesus e a nossa vida no momento atual?
Será que já conseguimos entender e vivenciar a boa nova que ele veio trazer?
Se perguntássemos a Paulo, apóstolo, onde e quando Jesus nasceu, talvez ele nos dissesse que foi na estrada de damasco, quando se viu envolvido na sua divina luz.
Depois de muitas lutas íntimas, Paulo disse: “já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim”.
Se fizéssemos a mesma pergunta a Madalena, é possível que ela nos informasse que o Cristo nasceu em Betânia, certa vez em que sua voz cheia de pureza e doçura, despertou-lhe a sensação de uma nova vida, com a qual até então jamais sonhara.
Pedro talvez se pronunciasse dizendo que Cristo nasceu no átrio do paço de Pilatos, no momento em que o galo cantou pela terceira vez, acordando a sua consciência para a verdadeira vida.
Dos lábios de João, evangelista, pode ser que ouvíssemos a afirmativa de que Jesus nasceu no dia em que lhe iluminou o entendimento fazendo-o saber que Deus é amor.
Para Zaqueu, o publicano, talvez Jesus tenha nascido numa esplêndida manhã de sol, quando ele, ansioso por conhecê-lo, subiu numa árvore, à beira do caminho por onde o Cristo passava e o mestre lhe disse que gostaria de fazer-lhe uma visita.
Dimas, o chamado bom ladrão, nos diria que Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humanas supunham aniquilá-lo para sempre.
Naquele momento, o Cristo lhe dirigiu um olhar repassado de piedade e ternura, e o fez esquecer todas as misérias deste mundo, nascendo para sempre em sua intimidade.

“Tal foi o testemunho do passado – tal é o testemunho do presente, dado por todos os corações que, deixando de ser quais hospedarias de Belém, onde não havia lugar para o nascimento de Jesus, se transformaram, pela humildade, naquela manjedoura que o amor sublime da mais pura e santa de todas as mães converteu no berço do redentor do mundo”.

Extraído do Livro em Torno do Mestre. 

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