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sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Cristãos queimados VIVOS!...Divulguem......Cena chocante.
Agradeçamos a Deus por podermos viver e proclamar a nossa fé.
Cristãos queimados vivos por muçulmanos sunitas da Nigéria.
Notícias como essa, que deveriam estampar a primeira página dos jornais, são solenemente ignoradas pela grande mídia.
Vamos divulgar!!!
essa sim merece atenção e divulgação de todo aquele que professa a fé em Jesus Cristo!!!
Um verdadeiro absurdo! Triste demais, mas a pura realidade!
Divulguem.
Espalhem esta notícia.
Vamos fazer a nossa parte


domingo, 30 de outubro de 2011




O Santo Graal é um dos mais antigos e enigmáticos mitos da humanidade. Sob uma análise superficial, é o cálice usado por Jesus Cristo no episódio da Última Ceia e que contém seu sangue, que havia sido recolhido no momento da crucificação.
O termo Graal, no francês arcaico, significa bandeja. Por outro lado, pode ter origem latina, no vocábulo Gradalis, que significa cálice. Já o termo Sangraal seria uma variação etimológica deSangue Real.


Origens Celtas

A origem do mito pode ser analisada sob um ponto de vista pré-cristão. Sabe-se que entre os celtas, recipientes utilizados para armazenar alimentos, eram considerados objetos sagrados. Este conceito estende-se ao caldeirão mágico (representando o útero da Deusa) referencial de ritos pagãos, capaz de renovar e ressuscitar.
Portanto, partindo do princípio que os celtas instalaram-se em diversas regiões da Europa, inclusive onde atualmente é o Reino Unido, e as primeiras citações históricas do Graal referem-se às lendas arthurianas, que, por sua vez, surgiram nesta região, é possível que o mito do Cálice Sagrado tenha apenas se transportado através dos séculos e sido adaptado ao Graal; desta vez, através de uma releitura cristã. Porém, mesmo entre os celtas, já havia uma lenda semelhante de um valoroso líder que saía em busca de um caldeirão sagrado.
Numa narrativa mais fantasiosa, o próprio Cristo, quando esteve na Cornualha, recebeu de presente um cálice de um druida (sacerdote celta). Jesus atribuía um valor especial e este objeto. Após o episódio da crucificação, José de Arimatéia decidiu levar o objeto, já santificado pelo sangue de Jesus, de volta ao sacerdote celta. Este sacerdote celta seria Merlin, o poderoso mago das lendas da Távola Redonda.


Origens Cristãs

Há, pelo menos, duas versões para justificar a origem e o desenvolvimento histórico do mito. Numa primeira análise, a lenda conta que José de Arimatéia recolheu no cálice utilizado na Última Ceia, o sangue de Jesus, no momento em que este era crucificado, após o último golpe de lança aplicado pelo soldado romano conhecido por Longinus.
José, que era membro do Sinédrio (tribunal judeu) e um homem de posses, solicitou ao imperador Poncio Pilatos o corpo de Cristo como uma "recompensa" por seus préstimos ao império. Pilatos atendeu ao pedido e José enterrou o corpo de Cristo em suas terras.
Após este fato, José de Arimatéia, que secretamente era seguidor de Cristo, teria sido feito prisioneiro pelos judeus por ocasião do sumiço do corpo de Cristo. José ficou muito tempo como prisioneiro numa cela sem janelas, alimentando-se apenas de uma hóstia diária, entregue por uma pomba que se materializava. Certa vez, o próprio Cristo surgiu diante de José entregou-lhe o Graal com a missão de protegê-lo.
Após conquistar a liberdade, utilizou-se de uma conhecida rota comercial e viajou para Inglaterra, levando consigo o Cálice Sagrado. Ao chegar, reuniu alguns discípulos de Cristo e fundou uma pequena Igreja, onde atualmente há as ruínas da Abadia de Glastonbury. Porém, não é possível afirmar onde o Graal teria sido ocultado a partir deste momento.
Numa segunda versão, Maria Madalena (que em interpretações não-canônicas, poderia ser esposa de Cristo), teria tomado posse do cálice e levado para a França, onde passou o resto da vida.
Em ambas versões, após o Cálice Sagrado chegar em terras européias, seja através de Maria Madalena ou José de Arimatéia, segue diversas rotas entre os alguns países deste continente e confunde-se entre a história e a literatura medieval.


Trajetória do Graal na história

A continuidade mais conhecida sobre o destino do Graal, atesta que este teria ficado sob a tutela dos Templários. Assim, os Cavaleiros teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Sob outra narrativa, o Graal teria sido levado para a cidade de Constantinopla e em seguida para Troyes, onde no período da Revolução Francesa (a partir de 1789), teria desaparecido misteriosamente.
Uma outra versão atesta que os cátaros, um grupo cristão que vivia isolado na fortaleza de Montsegur e pregava uma fé simples, oposta às imposições clericais, ocultavam uma relíquia religiosa de valor muito alto. Mas, em meados do século XIII, os cátaros foram vítimas de uma invasão de cruzados ordenada pelo Papa. Mais de duzentos membros da doutrina foram queimados sob a acusação de heresia e a misteriosa relíquia desapareceu durante a investida dos soldados. Mas não há nenhuma evidência confiável indicando que fosse o Graal.
Neste mesmo período, surgem boatos de que os cruzados que regressavam de Jerusalém traziam consigo uma âmbula contendo o sangue de Cristo; contradizendo e confundindo ainda mais a rota histórica do Santo Graal.
Entretanto, através de estudos arqueológicos e investigações profundas, tomando como base também os primeiros registros literários, foi possível traçar uma linha mais próxima da realidade sobre a trajetória do Graal na Europa e na história.
Inicialmente, nos primeiros três séculos após chegar em solo europeu, o cálice teria ficado na Itália. Por volta do século III, o monge São Lourenço o levou para a região dos Pirineus Orientais, na Espanha. Noutra versão, seria um ermitão de nome Juan de Atares.
Ainda, seguindo a rota sugerida nas obras literárias medievais, principalmente em Parzifal(Wolfram von Eschenbach), o cálice teria sido ocultado no monastério de San Juan de La Penha, na cadeia montanhosa dos Pirineus. Neste ponto há uma conexão real entre a obra de Eschenbach e o relato histórico do monge São Lourenço que conduziu o cálice até os Pirineus.
Ainda tomando por base a obra Parzifal, porém, havendo neste ponto um "vácuo histórico", o Santo Graal passa por Zaragoza e surge, desta vez, na Catedral de Valência, na qual há uma pequena capela, construída no século XIV, conhecida como Capela do Santo Cálice. Neste local, aos olhos dos visitantes mas protegido por um sacrário à prova de balas, encontra-se um cálice ostentado há mais de seiscentos anos como o legítimo Santo Graal.
As evidências científicas atestam que esta relíquia foi produzida entre a segunda metade do primeiro século antes de Cristo e a primeira metade do primeiro século da era Cristã. Ainda, esta peça foi produzida em ágata roxa na região de Alexandria ou Antioquia; mas, posterior-mente, já na Espanha, no século XIII, recebeu adornos de ouro e de pedras preciosas como esmeraldas e rubis, tendo o conjunto uma altura de aproximadamente 17 centímetros.
Portanto, é cientificamente comprovado que o Cálice da Catedral de Valência foi produzido no período e região correspondente à versão cristã do Santo Graal. Mas a Igreja não o aceita como uma relíquia religiosa e também não é possível atestar que seja este o cálice que comportou o sangue de Cristo.


Literatura e Simbolismo

Entre tantos aspectos simbólicos atribuídos ao Graal, muitos nasceram na interpretação dos artistas que, ao longo dos séculos, recondicionaram a lenda de diversas formas, principalmente na literatura medieval.
Por volta do ano 1190, o romance de Chrétien de Troyes intitulado Le Conte du Graal, narra a busca pelo cálice. Trata-se de um poema inacabado contendo nove mil versos que abordam a busca pelo Santo Graal. Interessante é que o lendário Rei Arthur não participa diretamente da epopéia, que finaliza sem que o objeto almejado seja encontrado. Esta obra foi o ponto de partida para as obras futuras abordando o tema.
Entre 1200 e 1210, o francês Robert de Boron, publicou Roman de L'Estoire du Graal; o que popularizou ainda mais o tema e inseriu os elementos históricos não muito diferentes dos que são conhecidos atualmente.
Outra obra de Boron, Joseph d'Arimathie, traça conexões simbólicas interessantes ao citar que José de Arimatéia foi ferido na coxa por uma lança. Em outra versão, o ferimento é nos órgãos genitais. Percebe-se, portanto, uma associação entre a lança, arma utilizada pelos soldados romanos, e a espada, principal arma e uma das maiores referências das lendas arthurianas (como a mítica Excalibur). Assim, o ferimento nos genitais sofrido por José em virtude de sua quebra do voto de castidade, associa-se à traição de Lancelot, um dos componentes da Távola Redonda e homem de confiança de Arthur, que tornou-se amante de Guinevere, esposa do Rei.
Nesta mesma época, a obra Parzifal do autor alemão Wolfram von Eschenbach associa o Graal a uma esmeralda também chamada ExillisLapis exillis ou Lapis ex coelis (pedra caída do céu). Esta esmeralda seria parte do terceiro olho de Lúcifer, que se partiu quando o anjo se rebelou contra o Reino Divino. Uma das partes desta esmeralda teria sido entregue aos templários para que ficasse protegida de intenções malignas. Deste modo, pode-se entender também que a esmeralda (que neste caso é o Santo Graal) faz alusão à mítica Pedra Filosofal dos alquimistas.
Já na obra Le Grand Graal, continuação de autoria anônima da epopéia de Robert de Boron, o Graal é um livro escrito por Jesus, que apenas aqueles que estivessem "imersos na Graça Divina" poderiam lê-lo e compreendê-lo.
O livro The Holy Grail, Its Legends and Symbolism, de Edward Waite, reúne vários elementos utilizados nas lendas medievais sobre o Graal. Joseph Goering, professor de história da Universidade de Toronto e autor de The Virgin and the Grail (A Virgem e o Graal), acredita que as pinturas datadas do século XII encontradas em oito igrejas nos Pirineus, entre a França e a Espanha, ilustram a Virgem Maria segurando um recipiente luminoso conhecido pelo nome de graal no dialeto local. O americano Dan Brown, autor de O Código Da Vinci, também cita amplamente o Graal em sua obra e conecta a vida de Jesus Cristo, Maria Madalena, Leonardo Da Vinci e outras referências históricas sob uma perspectiva fictícia.
Ainda, seja sob a ótica cristã ou pagã, muitos dos aspectos do Graal estão relacionados com a busca da perfeição. Por exemplo, quando Arthur e os cavaleiros partem em busca do Cálice Sagrado que poderia evitar a queda de seu reinado, estão buscando virtudes como nobreza e justiça.
Arthur e a Távola Redonda podem ser, respectivamente, associados a Jesus e seus apóstolos. Judas Iscariotes é o seguidor que traiu seu líder (Jesus Cristo) assim como Lancelot traiu Arthur ao se envolver com Guinevere. A lança que fere Cristo pode ser interpretada como o elemento masculino; o cálice como o útero feminino. Portanto, há o simbolismo do sangue nobre (de Jesus Cristo) fecundando o "útero mágico" representado pelo Graal.
No entanto, o Santo Graal pode ser uma metáfora que refere-se à própria Maria Madalena que, sendo ela esposa de Cristo (em interpretações, obviamente, não aceitas pela Igreja), seria portadora da linhagem sagrada do Filho de Deus.
Através de uma análise histórica, o Graal pode ser compreendido como a motivação que os cruzados encontraram após a decepção das mal sucedidas batalhas na Terra Santa. Neste caso, o Graal representa um novo ideal de vida aos que foram derrotados pelos "infiéis".
Sob um ponto de vista mais amplo, o Santo Graal, Rei Arthur e a lendária Excalibur são arquétipos distintos que traçam um mesmo conceito: o Rei (líder) virtuoso que, por seus méritos, conquista uma poderosa espada e torna-se invencível, partindo em busca de um objeto mágico capaz de restabelecer a ordem, a paz e a prosperidade em seu reino.
De qualquer forma, na condição de uma relíquia histórica da cristandade ocidental, não é possível avaliar o Santo Graal encontrado atualmente em Valência ou o Santo Graal metafórico do imaginário medieval; pois ambos têm valores distintos e igualmente incalculáveis. O Santo Graal é uma referência secular de valores humanos perdidos que, simbolicamente, serão resgatados por um profeta, um valente guerreiro, um líder de uma nação ou simplesmente por quem se revelar digno de portá-lo.

Por Spectrum




Os povos saxões o chamavam de Hanging Stones (Pedras Suspensas), escritos medievais chamavam de Dança dos Gigantes. Estas são denominações diferentes para referir-se ao mesmo monumento, hoje conhecido como Stonehenge (do inglês arcaico Stan = pedra + hencg = eixo).
Stonehenge é um complexo monolítico, formado por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e pesar quase cinqüenta toneladas, situado na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, a cerca de 130 quilômetros de Londres. Os responsáveis por sua construção, os métodos utilizados e sua finalidade, mantêm-se, ainda nos tempos atuais, como um grande enigma.
Originalmente, o monumento era um círculo externo que media 86 metros de diâmetro. O círculo interno, com pedras maiores, de 5 metros de altura, contava 30 metros em seu diâmetro. Possuía 30 blocos verticais sobre os quais coloca- ram-se 30 blocos horizontais, formando um ininterrupto anel de pedra. Ainda mais alto, são os cinco portais que formam a ferradura externa, com cerca de nove metros de altura e perto de 15 toneladas. Ainda, existia uma avenida de acesso principal onde situavam-se os portais de pedra. Havia também do lado externo do círculo maior, uma série de cavidades no solo que circundavam o monumento. Estas cavidades estavam destinadas a um outro círculo de pedras, que nunca seria construído.
Ao analisar as pedras utilizadas, percebe-se que foram minuciosamente cortadas para que uma se encaixasse sobre a outra, formando os chamados trilitos. Embora já estejam bastante apagadas devido à ação do tempo, diversas pedras trazem desenhos ou inscrições rupestres feitas pelas antigas civilizações.


A construção de Stonehenge

No século XX, arqueólogos, através da técnica de datação do Carbono 14, estabeleceram que a construção de Stonehenge teve início em torno de 2950 a.C. e encerrou-se em aproximada- mente 1600 a.C.. Portanto, as primeiras pedras erguidas nesta obra sustentam-se há mais de 5000 anos.
Se a construção de Stonehenge se estendeu por mais de 13 séculos e técnicas diferentes foram utilizadas para erguer o monumento, considera-se que vários povos habitaram o local neste período. Assim, não apenas uma, mas algumas culturas que habitaram a região atuaram em sua construção.
Não há referências seguras sobre quais povos participaram desse trabalho. Mas há evidências arqueológicas de que há cerca de 10 mil anos, naquela região, já havia presença humana. No século XVIII, William Stukeley, astrólogo e membro da maçonaria, argumentava que era um templo construído pelos druidas, sacerdotes do povo celta. Mas os celtas estabilizaram-se cerca de 1000 anos após a conclusão do monumento. Portanto, esta possibilidade é descartada e conclui-se que Stonehenge teria sido obra de povos anteriores aos celtas.
Recentemente, em 2003, operários que instalavam tubulações em Boscombe, área próxima ao sítio histórico de Stonehenge, encontraram uma tumba coletiva com sete corpos (três crianças, um adolescente e três homens). Ao lado dos esqueletos, havia pontas de flecha e potes de barro datados de 2300 a.C., época da construção de Stonehenge. Ao analisar as camadas de esmalte dos dentes dos esqueletos, pesquisadores descobriram traços da composição da água encontrada na região de Wales, local de origem das pedras centrais de Stonehenge. Essa evidência levou à conclusão que os Arqueiros de Boscombe (como foram apelidados) provavelmente, ajudaram a erguer as pedras do monumento.

Merlim e os gigantes
O escritor e clérigo inglês Geoffrey de Monmouth, em sua obra Dança dos Gigantes (1130), narra que Uther Pendragon, pai do lendário Arthur, por volta do século V, após uma traição de Heingist liderando os saxões a um massacre de 460 nobres britânicos numa conferência de paz, decidiu elevar um monumento em memória dos guerreiros mortos. Assim, Pendragon convocou Merlim e o mago sugeriu a busca de antiqüíssimas pedras gigantescas que formavam um círculo mágico, capaz de curar todas as enfermidades, construído por gigantes na Irlanda.
Os gigantes, que eram pacíficos e infantis e tinham longa vida, haviam criado os círculos de pedra para saudar a natureza e para brincar, provocando assim uma certa disputa para ver quem construía um número maior de círculos (esta seria a origem dos inúmeros círculos distribuídos por toda Europa até hoje). Segundo Merlim, esta raça extinta de gigantes havia transportado essas pedras mágicas da África para a Irlanda. A água que fosse derramada sobre as pedras mágicas adquiria poderes curativos. Dessa forma, os gigantes tratavam seus ferimentos com preparados de ervas combinadas à água mágica.
Pendragon e seu irmão Ambrosius convocaram um exército de 15 mil homens a fim de transportar as pedras. Mas todas as tentativas fracassaram. Foi então que Merlim, valendo-se de poderes mágicos, transportou-as até os barcos que as trouxeram até Salisbury, na Inglaterra. Merlim dispôs as pedras ao redor das sepulturas, da mesma forma que os antigos gigantes. Segundo a lenda, ainda hoje encontram-se as inscrições dos túmulos de Uther e Aurelius.

Atkinson e os arqueólogos
Em 1950, Richard Atkinson e outros arqueólogos britânicos, elaboraram a teoria sobre o processo de construção de Stonehenge, que teria sido realizado em três etapas. Outras teses apontam para quatro etapas entre 3100 a.C e 1100 a.C.. Mas o raciocínio de Atkinson ainda é o mais aceito no meio científico.
Assim, na primeira etapa, no final do período neolítico, foi construída uma planície que forma o círculo externo, do qual se dispunham cinqüenta e seis cavidades conhecidas como Aubrey Holes, formando um anel. A primeira pedra, posicionada na vertical, conhecida como Heel Stone, foi disposta do lado de fora do círculo, frente à única entrada do monumento. Ainda, foram dispostas outras quatro pedras conhecidas como Pedras de estação.
A segunda etapa teve início aproximadamente duzentos anos mais tarde, já na Idade do Bronze. Neste processo, ocorreu a construção do duplo círculo interior, formado por oitenta blocos de pedra (conhecidos como bluestone) trazidos das montanhas de Prescelly, sul do País de Gales, a 320 km de Stonehenge.
Acredita-se que as pedras foram transportadas por embarcações através da costa gaulesa e posteriormente, em terra firme, levadas sobre cilindros até o local do templo. Estas pedras foram posicionadas na vertical, no interior do círculo primário. Além disso, foi construída também a avenida que leva ao monumento de Stonehenge e à margem externa das planícies.
Na terceira e última etapa, iniciada em torno de 2550 e estendendo-se até 1600, os dois círculos internos compostos pelas pedras foram desfeitos e reconstruídos. Nesse momento também foram posicionadas as pedras transversais que se apóiam sobre as pedras eretas. Ainda, o bloco conhecido como Pedra do Altar foi posicionado em frente a um dos trilitos.


Stonehenge: ciência e espiritualidade ancestrais

Além dos povos responsáveis pela cons- trução, o período cronológico e as técnicas utilizadas para erguê-lo, as incertezas sobre o monumento de Stonehenge também estão presentes quando aborda-se sua finalidade. A região de Wiltshire é rica em ruínas pré-históricas. Woodehenge, Durrington Walls e mais de 350 sepulturas são provas da atividade dos antigos habitantes locais. Ao redor do monumento principal, existem outras obras intrigantes. Afastado de Stonehenge, 800 metros ao norte encontra-se o chamadoCursum, uma pista reta com 2800 metros de comprimento e 90 metros de largura, que seria utilizada em procissões e cerimônias religiosas.
Ainda na região de Stonehenge encontra-se os Círculos ingleses, que são desenhos circulares surgidos misteriosamente em campos de cultivo de soja, trigo, cevada e milho. Interessante é que os cereais cultivados dentro dos círculos, tendem a desenvolver-se 40% mais que outros mais afastados. Este fato leva a crer que esta região possui algum tipo de energia natural e que os antigos tinham conhecimento disto. Por isso optaram por construir Stonehenge, que seria um templo religioso, naquele local, e assim intensificar e absorver esta energia.
Mesmo havendo um vasto sítio de pedras na região, os monólitos utilizados foram trazidos de muitos quilômetros de distância. Isto leva a crer que essas pedras eram essenciais para a perfeita conclusão do trabalho e reforça o conceito de que Stonehenge tenha uma finalidade religiosa. Pois estas pedras, trazidas de tão longe, teriam um caráter sagrado e ritualístico para os povos antigos.
Vestígios de corpos cremados encontrados nas Aubrey Holes indicam que ali foram celebrados ritos funerários e que estas cavidades podem ter simbolizado um portal para outros mundos. O esotérico John Michell sugere que se trata de um templo cósmico dedicado aos doze deuses zodiacais.
Em sua obra História dos Hiperbóreos, de 350 a.C., o grego Hecateu de Abdera atribui uma finalidade ao monumento: "ergue-se um templo notável, de forma circular, dedicado a Apolo, Deus do Sol". O arquiteto inglês do século XVII, Inigo Jones, fez o primeiro estudo sério sobre Stonehenge e considerou-o um templo romano. Se Stonehenge é obra de várias culturas, pode-se supor que suas finalidades também sejam diversificadas.
A perfeição geométrica faz supor que este trabalho tenha sido realizado por inteligências superiores extraterrenas, e que funcionasse como um campo de pouso para discos voadores ou apenas uma referência para navegação interplanetária. Porém, obviamente, esta é uma tese não científica que fica limitada a alguns grupos de ufologia.
Ainda, pode-se analisar Stonehenge sobre a ótica da arqueoastronomia, ciência que tem por objetivo estudar os conhecimentos astronômicos dos povos antigos. Desse modo, o astrônomo americano Gerald Hawkins, estabeleceu diversas relações geométricas entre o posicionamento das pedras do monumento. Stonehenge seria um observatório pré-histórico cujo alinhamento das pedras produz um traçado de linhas que marcam o nascer e pôr do Sol em datas chaves como os solstícios. Os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, podiam ser seguidos, os eclipses podiam ser previstos e os deuses do Zodíaco adorados no tempo próprio. Assim, Stonehenge não teria apenas uma finalidade religiosa, mas também, em parte, científica.
No século XX, Stonehenge abrigou celebrações de neopagãos. A partir de 1918, o local passou a ser recuperado. Algumas pedras que, devido ao tempo, estavam inclinadas e prestes a tombarem, foram reposicionadas. Em 1985, as autoridades inglesas, a fim de preservar o monumento e a região, proibiram os festivais neopagãos. Atualmente, o local é administrado pelo English Heritage e foram tomadas medidas rigorosas para garantir sua preservação. O número de visitantes é de cerca de 700 mil por ano.
Independentemente de sua finalidade, o monumento de Stonehenge é mais que um ponto turístico; é uma obra que desafia os pesquisadores modernos e excita a imaginação de cada visitante. Certamente, o fascínio exercido pelo monumento não está apenas em sua grandeza e imponência desproporcionais ao pensamento contemporâneo, mas principalmente, nos mistérios que cada pedra guarda, há mais de 5 mil anos.

Por Spectrum




O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste da Espanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.
Tiago foi um pescador que vivia às margens do lago Tiberíades; filho de Zebedeo e Salomé, e irmão de João O Evangelista. Segundo a tradição, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, Tiago foi pregar o evangelho na província romana da Galícia, extremo oeste espanhol. De volta a Jerusalém, o apóstolo foi perseguido, preso e decapitado a mando de Herodes no ano 44. Seus restos foram lançados para fora das muralhas da cidade. Os discípulos Teodoro e Atanásio recolheram seu corpo e levaram-no de volta para o Ocidente, aportando na costa espanhola, na cidade de Iria Flavia.
O corpo do apóstolo foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o local permaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômeno que ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas se derramava sobre um mesmo ponto do Libredón, proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local. Assim, no dia 25 de Julho de (provavelmente) 813, foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.
A notícia se espalhou rapidamente, e o local passou a ser visitado por andarilhos de toda a Europa a fim de conhecer o sepulcro do Santo. A quantidade de peregrinos aumentava intensamente a cada ano. Nobres e camponeses dirigiam-se em caravanas, caminhando ou cavalgando em busca de bênçãos, cura para as enfermidades, cumprir promessas ou apenas aventuravam-se em terras distantes.
O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela em honra a São Tiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em pouco tempo, uma cidade foi erguida em torno daquele bosque, e denominada Compostela. A origem etimológica do nome remete ao latimCampus Stellae, ou Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.
No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo erguido por seu antecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada pelo árabe Almanzor, que respeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em 1075, iniciou-se a construção da atual catedral, cinco vezes maior que a anterior.


Os Caminhos do Caminho

O Caminho de Santiago possui - em sua maior parte - um aspecto medieval. As catedrais góticas e românicas, mosteiros e capelas, castelos e aldeias celtas distribuem-se ao longo do percurso.
O apogeu das peregrinações ocorreu nos séculos XII e XIII. As quatro principais rotas tiveram origem neste período. Mesmo partindo de pontos diferentes, todas entravam na Península Ibérica através dos Pirineus. A partir de Puente la Reina o trajeto é o mesmo, com exceção de alguns ramais secundários. As rotas modernas iniciam-se também em cidades como Saint-Jean-Pied-de-Port, na França.
A partir do século XIV, houve uma sensível redução de peregrinos que se aventuravam pelo Caminho. Porém, no século XX o Caminho de Santiago foi "ressuscitado" e voltou a ser umas das principais rotas religiosas da história. Atualmente, é comum encontrar os peregrinos modernos, que percorrem o Caminho de carro ou bicicleta, ou simplesmente aqueles que visitam a Catedral e o túmulo do Apóstolo São Tiago.
Geralmente, o viajante carrega consigo uma concha(conhecida também por Vieira) que possui vários significados. Segundo a lenda, um homem percorria o Caminho a cavalo, quando repentinamente o animal disparou em direção ao mar. O peregrino evocou Santiago, e uma forte onda devolveu-o a terra firme. Retomada a consciência, o peregrino percebeu que seu manto estava repleto de conchas. Assim, a Vieira assumiu um significado de proteção, que também está associada ao Graal. Simboliza, para o viajante, absorver a sabedoria e a entidade de Cristo como seu Eu Superior.
Durante todo o percurso, existem albergues instalados em velhas construções medievais, destinados especialmente a atender os peregrinos. Além de hotéis, pousadas, e os próprios habitantes que cedem suas casas como abrigo. O peregrino carrega consigo uma credencial, que deve ser carimbada em igrejas ou no órgão de turismo correspondente ao local. Munido de um mapa, o viajante também conta com as discretas setas pintadas em rochas, muros e árvores, que funcionam como um guia constante, e evitam que o aventureiro se perca. Ao concluir o Caminho chegando à Catedral de Santiago, o peregrino apresenta a credencial e recebe a Compostelana, uma espécie de certificado de que todo o percurso foi concluído.
No Brasil, a popularização do Caminho deve-se principalmente ao escritor Paulo Coelho, que lançou o livro O Diário de um Mago. Nesta obra, o autor narra as experi-ências místicas vivenciadas em sua peregri- nação em 1989. Além de Paulo Coelho, a cantora Baby do Brasil escreveu Peregrina – Meu Caminho no Caminho, onde também é descrita sua trajetória até Compostela. Mas a literatura brasileira abriga outros títulos que servem de incentivo e preparação para aqueles que se dispuserem a caminhar mais de 800 quilômetros até a cidade de Santiago de Compostela, tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, em 1992.

Para ver as fotos do caminho de Santiago, clique aqui.





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Galeria 1Galeria 2

Para conhecer a história da sanguinária Condessa de Bathory, clique aqui.