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quinta-feira, 25 de agosto de 2011


O Livro de Daniel é uma Falsificação?[Image]
[Image]Um dos argumentos mais comuns contra o livro de Daniel envolve seu lugar no cânon das Escrituras Hebraicas (A.T). Os rabinos antigos organizaram os livros das Escrituras Hebraicas em três grupos: a Lei, os Profetas e os Escritos. Não alistaram Daniel entre os Profetas, mas entre os Escritos. Isto significa, argumentam os críticos, que o livro não deve ter sido conhecido na época em que as obras dos outros profetas foram compiladas. Foi agrupado entre os Escritos supostamente porque esses foram compilados mais tarde.

No entanto, nem todos os pesquisadores da Bíblia concordam que os rabinos antigos tenham dividido o cânon de tal maneira rígida ou que tenham excluído Daniel dos Profetas. Não obstante, mesmo que os rabinos tenham alistado Daniel entre os Escritos, provaria isso que foi escrito numa data posterior? Não. Eruditos de boa reputação têm sugerido várias razões pelas quais os rabinos talvez tivessem excluído Daniel dos Profetas. Por exemplo, talvez o tivessem feito porque o livro os ofendia ou porque achavam que o próprio Daniel era diferente dos outros profetas, por ter ocupado um cargo secular num país estrangeiro. De qualquer modo, o que realmente importa é: os judeus antigos tinham profundo respeito pelo livro de Daniel e o consideravam canônico. Além disso, a evidência sugere que o cânon das Escrituras Hebraicas foi encerrado muito antes do segundo século AEC. Simplesmente não se permitiram acréscimos posteriores, nem de alguns livros escritos durante o segundo século AEC.

É irônico que uma dessas obras posteriores, rejeitada, tenha sido usada como argumento contra o livro de Daniel. O livro apócrifo de Eclesiástico, de Jesus Ben Sirac, evidentemente foi composto por volta de 180 AEC. Os críticos gostam de salientar que Daniel é omitido na longa lista de homens justos no livro. Argumentam que Daniel não deve ter sido conhecido na época. Este argumento é amplamente aceito entre eruditos. Mas, considere o seguinte: a mesma lista omite Esdras e Mordecai (ambos grandes heróis aos olhos dos judeus pós-exílicos), o bom Rei Jeosafá e o homem reto, Jó; de todos os juízes, menciona apenas Samuel. Visto que esses homens são omitidos numa lista que não afirma ser exaustiva, ocorrendo num livro não-canônico, será que temos de rejeitar a todos eles como fictícios? A mera idéia disso é absurda.

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