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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Os Novos Líderes e o Início das Guerras Civis dos Judeus e as Abominações


Aqueles que haviam perseguido a Céstio, voltaram a Jerusalém e empregavam a força e a doçura para atrair ao seu partido os que estavam do lado dos romanos; reuniram-se no templo e elegeram os chefes para a direção da guerra. Josefo, filho de Goriom e o sacrificador Anano foram escolhidos para tomar conta da cidade e para mandar reerguer-lhe as muralhas. A Eleazar, filho de Simão, ... não lhe deram cargo algum. Mas ele pouco a pouco conquistou de tal modo o povo, por sua habilidade, pelo modo como se servia de seus bens, que o persuadiu a lhe obedecer em tudo.”
“Foi escolhido para comandar o exército da Iduméia, Jesus, filho de Safas, um dos grandes sacrificadores e Eleazar, filho do novo grande sacrificador, mandaram a Niger, então governador daquela província, originário de além do Jordão, e que por isso tinha o apelido de Peraite, que lhe obedecesse.”.
“Mandaram José, filho de Simão, a Jericó, Manassés, para além do rio e João, essênio, a Tamna, à qual juntaram Lida, Jope e Amaús, para governá-las em forma de toparquia. João, filho de Ananias, foi também escolhido para governar a Gofnítida e Acrabatana: e Josefo, filho de Matias, (*) para exercer um cargo semelhante na alta e na baixa Galiléia, acrescentando-se ao seu governo, Gamal, que é a praça mais forte de todo o país.” – (Guerra dos Judeus contra os Romanos. Livro Segundo, capítulo 41, 224.). - (JOSEFO, Flávio. HISTÓRIA DOS HEBREUS – Obra completa. 4ª ed. Rio de Janeiro – RJ, Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2000.  p. 579.). - [* Este Josefo é o autor desta história.]. (Ibidem. p. 579.).

João De Giscala (Filho de Levitas)

“Enquanto Josefo procedia desse modo na Galiléia, João, filho de Levitas, de Giscala, aparece em cena. Ele era muito mau, muito astuto, muito fingido e um grande mentiroso. A fraude para ele era uma virtude, dela usava mesmo com quem mantinha cordiais relações de amizade. Sua ambição não tinha limites; mais crimes ele cometia, mais se fortalecia em suas esperanças. ...” – (Ibidem. Capítulo 43, 226.). (Ibidem. p. 580.).

Preparativos para a Guerra Contra Tito e o Seu Exército


Depois que terminaram as dissensões domésticas que então haviam acontecido somente na Galiléia, todos pensaram, então, somente em se preparar para a guerra contra os romanos. O grão-sacrificador Anano e os maiorais de Jerusalém, que lhes eram inimigos, apressaram-se em levantar as muralhas da cidade, reunir grande número de máquinas e mandar forjar armas. ...” – (Ibidem. Capítulo 44, 232.). (Ibidem. p. 583.).

Simão (Filho de Gioras)

“Entretanto, Simão, filho de Gioras, reuniu na toparquia a Lacrabatane, um grande número de homens, que como ele somente queriam desordem e tumulto. Não se contentava de saquear as casas dos ricos; em sua insolência chegava mesmo a batê-los e maltratá-los; ele aspirava abertamente a um governo tirânico. Ananias e os magistrados mandaram soldados contra ele, e ele fugiu para junto dos ladrões que se haviam retirado em Massada, onde tendo ficado até a morte de Anano e de seus outros inimigos, fez tantos males à Iduméia que os magistrados foram obrigados a retirar as tropas, para pô-las como guarnição, nas aldeias e nas vilas, a fim de impedir a comunicação dos assaltos e dos latrocínios.” - (Ibidem. 233.). (Ibidem. pp. 583-584).

Tito e a Guerra Contra os Judeus

Restava então somente Giscala, única cidade da Galiléia que ainda não tinha sido tomada. Uma parte daqueles que lá estavam, desejava a paz, porque quase todos eram trabalhadores, cujos bens consistiam em tudo o que podiam tirar do seu  emprego e trabalho. Havia, porém, outros, em muito grande número e mesmo dos habitantes do lugar, que haviam sido corrompidos pelas suas relações com os ladrões e assaltantes e João, filho de Levi, os impelia à revolta. Era um homem muito mau, grande mentiroso, inconstante em seus afetos e que não punha limites às suas esperanças; tudo fazia para conseguir os seus fins, e ninguém duvidava de que assim procedia pelo desejo de se elevar em autoridade, incitando com tanto ardor esta guerra.” – (Ibidem. Livro Quarto, capítulo 8, 296.). (Ibidem. p. 611.).

“... João tomou a palavra por todos e disse que aceitava o oferecimento e persuadiria aos outros a aceitá-la também ou a isso os obrigaria pela força; mas, rogava que lhe concedesse ainda aquele dia para a observância de suas leis, que os obrigavam a santificar o sábado e não lhes permitia outrossim fazer naquele dia tratados de paz, bem como tomar as armas para fazer a guerra, ...”
“... Mas não era por respeito ao dia de sábado que João havia falado daquele modo. O temor de ser abandonado se fossem atacados, fazia-o pôr sua única esperança na fuga: seu fim era enganar Tito e fugir de noite; há motivo de se crer que Deus o quis preservar para a ruína de Jerusalém.
Chegou a noite e os romanos não montaram guarda; ele, então, fugiu para Jerusalém e não somente levou consigo o que tinha de soldados, mas também alguns dos principais habitantes com suas famílias. ...” – (Ibidem. Capítulo 9, 297.). (Ibidem. p. 612.).

Quando João e os revoltosos que o haviam seguido chegaram a Jerusalém, todo o povo reuniu-se junto deles para lhes pedir notícias sobre a desgraça que havia desabado sobre a infeliz nação: ... João e os seus assim falando, apresentaram a retirada com um pretexto tão honesto que muitos acharam que era verdade e a narração de alguns prisioneiros espantou de tal modo o povo, que ele considerou a ruína de Giscala como a de Jerusalém. ...”

Era grande a perturbação e a confusão que reinava em Jerusalém; antes da rebelião que surgiu em seguida, uma parte do povo do campo já se tinha começado a dividir. ... A divisão começou pelas famílias que já há muito eram inimigas; passou depois ao povo, que antes era tão unido e cada qual se colocava no partido dos que tinham as mesmas idéias e manifestavam a um grande número. Assim, tudo era agitação e os que desejavam a revolução e a guerra, prevaleciam, por sua mocidade e coragem ...”

Em tal confusão cada qual roubava, por primeiro; mas, depois de se terem reunido praticavam abertamente toda sorte de furto e não causavam menos mal que os romanos. Assim não havia outra diferença entre o mal que as pessoas sofriam de uns e de outros, senão que era muito mais doloroso ser assim tratado por homens de sua própria nação do que por estrangeiros.” - (Ibidem. Capítulo 10, 298 e 299.). (Ibidem. p. 613).

O Messias advertiu:
Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda)”. (Mat. 24:15 – ARC).
Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda)”. (Mar. 13:14 - ARC).

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